O que é desenergização?

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O que é desenergização?

O sistema elétrico periodicamente precisa receber manutenções preventivas e corretivas. Mas muitas vezes o sistema não pode ser completamente desligado.

Uma forma de realizar as atividades necessárias, com o mínimo de riscos possíveis é através da desenergização.  Contudo, não se trata de um simples desligamento do sistema.

Mas é a supressão da energia na instalação, tornando-a mais segura. Por isso, o trabalho em instalações desenergizadas é definido como “trabalho sobre tensão”.

Antes de mais nada, é importante conhecer as normas regulamentam a segurança e prevenção de acidentes.

   Você sabe o que é Nr10?

Compreensão da NR10 

É uma norma brasileira que estabelece as diretrizes de segurança e saúde no trabalho relacionadas a instalações e serviços em eletricidade. 

Ou seja, ela define as medidas necessárias para proteger os trabalhadores contra os riscos elétricos, incluindo os procedimentos de bloqueio e etiquetagem. 

Desse modo, a NR10 é responsável por diferenciar uma instalação desligada de uma desenergizada.

Sendo assim, a instalação energizada é aquela em que existe uma tensão igual ou superior a 50 volts em corrente alternada, ou superior a 120 volts em corrente contínua.

Porque a desenergização é importante? 

Além de eliminar a tensão no sistema, a desenergização impede a energização acidental ou energização por fatores naturais.

A desenergização de um sistema é o resultado final de um conjunto de ações coordenadas, sequenciadas e controladas, destinadas a garantir a ausência de tensão no circuito, durante todo o tempo de intervenção e sob o controle dos trabalhadores envolvidos. 

Contudo, para serem consideradas desenergizadas e liberadas para o trabalho, é necessário que os processos sejam respeitados e realizados em ordem.

Qual a ordem correta do procedimento de desenergização de acordo com a NR-10?

 

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Primeiramente, deve ser delimitada e sinalizada a área de serviço. Para isso devem ser utilizados cones, fitas e outras barreiras. Em sequência, o planejamento da atividade deve ser definido.

Da mesma forma os EPI e EPC, o ferramental e os materiais de serviço. Por fim, para poder realizar a atividade em segurança, deve ser feito o pedido de bloqueio do religamento automático ao Centro de Operação e Distribuição (COD).

1. Seccionamento

O seccionamento é o ato de promover a descontinuidade elétrica total, com afastamento adequado entre um circuito  e outro. Ele é obtido mediante o acionamento de dispositivos apropriados – como uma chave seccionadora, um interruptor ou um disjuntor.

Ele é feito por meios manuais ou automáticos, e também através do ferramental apropriado e procedimentos específicos.

É importante observar qual é a função do circuito no sistema que é seccionado, assim como compreender que seccionar não é o mesmo que desligar.

2. Impedimento de reenergização

O mais importante para a segurança durante a realização dos trabalhos é que o sistema seja mantido completamente desenergizado.

Essa etapa da desenergização é o estabelecimento de condições que impedem a reenergização do circuito. Com isso, o controle do seccionamento é assegurado.

Na prática, trata-se da aplicação de travamentos mecânicos no sistema.

Ele é feito por meio de fechaduras, cadeados e dispositivos auxiliares, ou com sistemas informatizados equivalentes que impedem a energização acidental.

É muito importante  impedir que terceiros possam religar acidentalmente o circuito onde se trabalha.

Da mesma forma, o processo de desenergização deve ser sempre programado e amplamente divulgado.

Assim, o risco de transtornos e possíveis acidentes é reduzido.

3. Constatação da ausência de tensão

A constatação da ausência de tensão, é uma das etapas mais importantes de todo o processo.

É nela que se constata a  efetiva ausência de tensão nos condutores do circuito elétrico. Ela deve ser feita com instrumentos de medição dos painéis ou instrumentos detectores de tensão. Todos os equipamentos devem ser testados antes e após a verificação da ausência de tensão.

A verificação é feita por contato ou  aproximação, de acordo com procedimentos específicos.

Testar os equipamentos antes e depois do uso garante seu funcionamento durante a atividade. O teste deve ser feito em um local energizado, depois em local que foi desenergizado.

Assim que constatada a ausência de tensão, o teste deve ser realizado novamente em local energizado, assim você pode verificar se ele não  foi danificado durante o processo.

4. Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos

Após finalizar os processos de desenergização, um condutor do conjunto de aterramento temporário deverá ser ligado a uma haste conectada a terra.

Assim, você reduz os riscos relacionados à energização do sistema durante a realização dos trabalhos.

Pois, o risco aumenta no atrito dos trabalhadores e dos equipamentos com o sistema.

Além disso, é importante sempre realizar as atividades de trabalho entre dois pontos devidamente aterrados, de forma a minimizar os riscos.

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5. Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada

A zona controlada é definida como a área em torno da parte condutora energizada de dimensões estabelecidas, de acordo com nível de tensão.

A cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados, como disposto no Anexo II da NR10. Pode ser feito com anteparos, dupla isolação invólucros, etc.

É importante verificar a existência de equipamentos energizados nas proximidades do circuito ou dos equipamentos que vão sofrer intervenção.

Assim como, verificar os procedimentos, os materiais e os EPI e EPC necessários para a execução dos trabalhos, além de obedecer a tabela da zona de risco e da zona controlada.

6. Instalação da sinalização de impedimento de reenergização

Mesmo com os diversos mecanismos de impedimento e a atenção dos responsáveis pela desenergização, ela ainda pode ser desfeita por alguma pessoa que não foi devidamente informada da atividade.

Por isso, é necessário um sistema efetivo de sinalização de segurança. Ele é destinado à advertência e à identificação da razão de desenergização e informações do responsável.

Os cartões, avisos, placas ou etiquetas de sinalização do travamento  devem ser claros e adequadamente fixados. Todo esse processo importante tanto quanto os outros procedimentos.

Os mesmos responsáveis pela instalação dos processos de desenergização tem a responsabilidade de, após inspeção geral e certificação da retirada de todos os travamentos, cartões e bloqueios, providenciar a remoção dos conjuntos de aterramento, e adotar os procedimentos de liberação do sistema elétrico para operação.

Os serviços a serem executados em instalações elétricas desenergizadas, mas com possibilidade de energização, devem atender ao que estabelece o disposto no item 10.6. da NR10.

Essa norma diz respeito a segurança em instalações elétricas energizadas.

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Marlon Pascoal

Marlon Pascoal

Instrutor de Normas Regulamentadoras
Engenheiro Eletricista/Segurança do Trabalho
Crea: 172.438/D MG

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