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Choque Elétrico [Guia Completo com Imagens e Vídeos]

Choque elétrico – [Tudo que você precisa saber]

Choque Elétrico

choque eletrico

Por definição, choque elétrico é quando há passagem de uma corrente elétrica (movimento ordenado de partículas portadoras de cargas elétricas) através do corpo, utilizando o mesmo como condutor.

Dependendo da situação, ou seja, do tempo e da intensidade da corrente, os efeitos do choque elétrico podem variar desde um pequeno desconforto como o formigamento da área afetada, queimaduras de terceiro grau ou até mesmo causar o falecimento da vítima.

A Norma Regulamentadora nº 10 emitida pelo Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil tem o objetivo de assegurar a saúde e segurança dos trabalhadores que exercem cargos que envolvam instalações e serviços em eletricidade. O perigo da eletricidade e o risco de acidente causados por ela podem envolver pessoas que trabalham em qualquer área: geração, transmissão, distribuição e, inclusive, pessoas que não trabalham com energia elétrica mas consomem a mesma.

A energia elétrica, apesar de muito útil e imprescindível nos dias de hoje, é muito perigosa e pode provocar graves acidentes às pessoas e animais se os devidos cuidados não forem tomados. O choque elétrico pode ocorrer em situações corriqueiras que se menos espera, como quando alguém toca em um equipamento elétrico (geladeira, chuveiro, máquina de lavar, micro-ondas) no qual exista uma falha no isolamento. Quando isso acontece, a pessoa recebe uma descarga elétrica devido à diferença de potencial gerada entre a fase e a terra.

O grande problema dos choques elétricos e o que pode resultar em maiores danos ao corpo da vítima é o trajeto que a corrente percorre. Caso ela passe, por exemplo, pelo coração (que é um músculo) causa espasmos musculares que alteram o ritmo cardíaco, o que é bastante perigoso e oferece um enorme risco à vida da pessoa.

Uma das ocorrências mais graves do choque elétrico é aquela na qual a vítima está em um piso eletricamente isolante, apoia com uma das mãos em um condutor fase e segura com a outra mão em um condutor neutro. A corrente em questão entrará por uma das mãos e, antes de sair pela outra, passará pelo tórax, local onde se situam órgãos vitais responsáveis ela respiração e circulação do sangue.

Para fins práticos, abaixo segue uma tabela com alguns valores aproximados de corrente e os danos que causam ao corpo humano:

1 a 10 mA Apenas formigamento
10 mA a 20 mA Forte formigamento e dor
20 mA a 1 A Convulsões e parada respiratória
1 A a 2 A Fibrilação
Acima de 2 A Queimaduras e paradas cardíacas
Acima de 3 A Valor mortal

 

Choque Elétrico – Cenas Fortes veja nesse Vídeo

Choque Elétrico Causas

O choque elétrico podem causar várias lesões na vítima. Entre as piores consequências está a eletrocussão que é a morte ocasionada pela exposição do corpo a uma carga letal de energia elétrica. Os maiores responsáveis por esse tipo de acidente são os raios e a fiação de alta tensão, ou seja, com voltagem superior à 600 volts. Porém, a eletrocussão também pode ocorrer devido à baixa voltagem se houver roupas molhadas, poças de água ou umidade elevada.

As queimaduras são relativamente comuns em casos de choques elétricos em seres humanos. Elas consistem em lesões nos tecidos que envolvem diversas camadas do corpo como pele, cabelos, pelos, tecido celular subcutâneo, músculos, etc. O fogo é o principal causador das queimaduras, porém, a eletricidade é a causadora das piores queimaduras, resultando na perda funcional e anatômica dos segmentos do corpo, principalmente dos membros. A resistência da pele que é, normalmente de 100.000 Ohms é rapidamente reduzida para 500 Ohms com o rompimento da pele resultante da energia elétrica de alta voltagem.

Para saber mais sobre os efeitos do choque elétrico acesse o link: Efeitos do choque elétrico

Como boa parte dos acidentes com eletricidade tem origem nas companhias energéticas, as quedas de altura acontecem com bastante frequência após a vítima sofrer o choque elétrico. Algumas vezes a carga elétrica em si não é fatal para o trabalhador, mas ao sofrer o choque ele perde o equilíbrio e acaba caindo e essa queda resulta no seu falecimento. Danos causados por roedores, envelhecimento, fiação imprópria, diâmetro ou material do fio inadequados, corrosão dos contatos, rompimento da linha por queda de galhos e falta de aterramento do equipamento elétrico são os principais causadores de choques elétricos em fios e, consequentemente, de quedas de altura.

Como prevenir o Choque Elétrico

Todo mundo deve sempre estar atento com suas atividades diárias pois estamos a todo momento entrando em contato com equipamentos elétricos e eletrônicos. Por mais que tais aparelhos sejam indispensáveis para a vida atual, muitos deles são grandes motivadores de choques elétricos.

Segue uma lista de algumas recomendações válidas e muito importantes que podem ajudar (e muito) a evitar os choques:

  1. Manter os equipamentos elétricos longe de qualquer fonte de água;
  2. Estar sempre com calçado isolante no contato com equipamentos elétricos;
  3. Nunca tocar em equipamentos elétricos com a mão ou corpo úmido;
  4. Tomar cuidado para não sobrecarregar uma tomada ligando vários aparelhos nela;
  5. Quando for realizar a limpeza de um equipamento elétrico, verificar se o mesmo está desligado;
  6. Realizar revisões periódicas das instalações elétricas da casa;
  7. Ler sempre as instruções antes de instalar qualquer eletrodoméstico
  8. Desligar os aparelhos sempre puxando pelo plugue, nunca pelo fio

E o mais importante de tudo: não se aventure em realizar atividades para as quais você não foi devidamente instruído. No mercado existem inúmeros profissionais altamente capacitados que possuem experiência e permissão para realizar trabalhos com eletricidade.

Choque elétrico Primeiros Socorros

A primeira providência a ser tomada, mesmo antes de socorrer a vítima, é cortar a corrente elétrica. Se isso não for possível, contente-se em afastar a mesma da fonte de energia. Não se esqueça que para isso é necessário utilizar luvas de borracha ou qualquer outro material isolante afinal, para conseguir ajudar a vítima você deve manter-se seguro.

A próxima atitude a ser tomada é ligar o quanto antes possível para a emergência (SAMU 192). Lembre-se que quanto mais informações você der ao socorrista sobre as condições da vítima e como chegar ao local em que vocês se encontram, mas eficiente será o resgate.

Enquanto o socorro não chega, verifique se a vítima está consciente e se respira. Para verificar se a mesma está inconsciente, chame por ela duas ou três vezes. Se a vítima não responder, toque duas vezes no ombro dela. Se ainda assim não houver nenhuma resposta, aplique um estímulo doloso (como um beliscão no ombro) na vítima.

Se o acidentado não reagir ao estímulo de dor isso significa que ele sofreu uma parada cardiorrespiratória, e que você deve iniciar imediatamente a RCP (reanimação cardiopulmonar). Para isso, ajoelhe-se ao lado da vítima e posicione uma mão no meio do tórax dela e use a parte mais dura da mão. Não se esqueça de deixar seus ombros erguidos por cima do tórax da vítima e seus brações retos comprimindo o peito da vítima sem dobrar os cotovelos.

Veja no vídeo da American Heart Association:

Importantíssimo: em momento algum dê água para vítima!

Veremos a seguir os meios através dos quais são criadas condições para que uma pessoa venha a sofrer um choque elétrico.

Os riscos mais casuais são:

1. Superfícies energizadas:

a) Carcaça de motores.
b) Aparelhos eletrodomésticos.
c) Chão, paredes e tetos.
d) Torneiras e chuveiros.
e) Cercas, grades e muros.
f) Caixas de controle de medição de energia.
g) Postes energizados.
h) Chão energizado em volta do poste.
i) Luminárias energizadas.
j) Painéis e eletrodutos.

2. Fios e cabos com isolamento deficiente:

a) Isolamento com defeito de fábrica.
b) Isolamento velho e partido.
c) Isolamento danificado por objetos pesados.
d) Isolamento rompido por roedores.
e) Isolamento superaquecido.

3. Fios e cabos energizados caídos no chão.

4. Redes aéreas energizadas:

a) Construção em baixo das linhas de energia.
b) Sacadas próximas das redes.
c) Podas de árvores.
d) Antenas, guindastes, basculantes, pulverizadores.
e) Empinar pipas, papagaios, pandorgas próximo a linha metálica e/ou em dias
chuvosos).
f) Bambus e outros objetos longos.

5. Redes aéreas desenergizadas:

a) Residual capacitivo.
b) Gerador particular.
c) Alimentação através da BT via transformador.
d) Efeitos da indução de outras linhas que passam bem próximas.
e) Energizamento através de manobras incorretas.

Vamos nos ater aos itens mais comuns no ambiente de trabalho

Contato com condutores nu energizado

Uma das causas do choque elétrico mais comuns desses acidentes é o contato com condutores aéreos energizados. Normalmente o que ocorre é que equipamentos tais como guindastes, caminhões basculantes, andaimes metálicos, perfuratrizes e outros equipamentos ou maquinários, ao ser manuseado, tocam nos condutores aéreos, que como já vimos, possuem na sua maioria, tensões entre 11000 e 13800 volts, tornando-se assim parte do circuito elétrico; Se o condutor destes veículos ou equipamentos estiver isolado através dos pneus, eles não sofrerão o acidente até que alguém os toque ou mesmo ele decida descer e completar o contato com o solo. Neste caso o acidente tem enorme chance de ser fatal.

Outro tipo de acidente de contato com condutor nu é causado quando o indivíduo, por descuido ou desconhecimento, tem acesso a áreas energizadas e não isoladas em painéis ou caixa de passagens, o conhecido fio desencapado ou barramentos expostos. Este caso é mais comum do que se pensa. Normalmente a tensão nestes acidentes são de baixa intensidade (110 a 440Volts), porém podem causar acidentes fatais causadas pelas paradas cardíacas ou paradas respiratórias.

Por este motivo a norma NR-10 preconiza que deve haver procedimento de segurança para trabalho com sistemas energizados e cita a necessidade de isolamento das partes energizadas que não serão objeto do serviço.

Contato com tensões residuais

Com frequência, pessoas sofrem choque elétrico em circuitos onde existe banco de capacitores. Estes dispositivos possuem a característica de, embora desligados do circuito que os alimenta, conservar por determinado intervalo de tempo sua carga elétrica, ou seja, continuam energizados. Neste caso os procedimentos devem ser explícitos para que o tempo necessário para a descarga seja observado, ou um procedimento de descarga seja adotado. O mesmo cuidado deve ser adotado na existência de geradores, UPS´s, Nobreaks, ou qualquer outra fonte de alimentação que não seja a da distribuidora de energia local. Estes dispositivos possuem a característica de alimentar a carga por um determinado período quando a energia da distribuidora, por qualquer motivo deixe de alimentar o circuito. Nestes casos, o teste de tensão (constatação de ausência de tensão) é imprescindível.

Outro cuidado, ainda dentro do tópico de tensões residuais, é com o desligamento do primário dos
transformadores, no qual se pretende executar algum serviço. O risco que se corre é que do lado do secundário pode haver algum dispositivo ou aparelho de energização, que poderá induzir no primário uma tensão elevadíssima. Nesta situação é imprescindível que se desligue sempre os condutores do secundário também, e / ou os estes condutores sejam aterrados, garantindo assim sua equipotencialização.

Falha na isolação elétrica

Os condutores querem sejam empregados isoladamente, como nas instalações elétricas, quer como partes de equipamentos, são usualmente recobertos por uma película isolante. No entanto, a deterioração por agentes agressivos, o envelhecimento natural ou forçado ou mesmo o uso inadequado do equipamento podem comprometer a eficácia da película, como isolante elétrico.

Vejamos, a seguir, os vários meios pelos quais o isolamento elétrico pode ficar comprometido:

Calor e Temperaturas Elevadas

A circulação da corrente em um condutor sempre gera calor e, por conseguinte, aumento da temperatura do mesmo. Este aumento pode causar a ruptura de alguns polímeros, de que são feitos alguns materiais isolantes, dos condutores elétricos.

Umidade

Alguns materiais isolantes que revestem condutores absorvem umidade, como é o caso do nylon. Isto faz com que a resistência isolante do material diminua.

Oxidação

Esta pode ser atribuída à presença de oxigênio, ozônio ou outros oxidantes na atmosfera. O ozônio torna-se um problema especial em ambientes fechados, os quais operem motores, geradores. Estes produzem em seu funcionamento arcos elétricos, que por sua vez geram o ozônio. O ozônio é o oxigênio em sua forma mais instável e reativa. Embora esteja presente na atmosfera em um grau muito menor do que o oxigênio, por suas características, ele cria muito maior dano ao isolamento.

Radiação

As radiações ultravioleta têm a capacidade de degradar as propriedades do isolamento, especialmente de polímeros. Os processos fotoquímicos iniciados pela radiação solar provocam a ruptura de polímeros, tais como, o policloreto de vinila (PVC), a borracha sintética e natural, a partir dos quais o cloreto de hidrogênio é produzido. Esta substância causa, então, reações e rupturas adicionais, comprometendo, desta forma, as propriedades físicas e elétricas do isolamento.

Produtos Químicos

Os materiais normalmente utilizados como isolantes elétricos degradam-se na presença de substâncias como ácidos, lubrificantes e sais.

Desgaste Mecânico

As grandes causas de danos mecânicos ao isolamento elétrico são a abrasão, o corte, a flexão e torção do recobrimento dos condutores. O corte do isolamento dá-se quando o condutor é puxado através de uma superfície cortante. A abrasão tanto pode ser devida à puxada de condutores por sobre superfícies abrasivas, por orifícios por demais pequenos, quanto à sua colocação em superfícies que vibrem, as quais degradam o isolamento do condutor. As linhas de pipas com cerol (material cortante) também agridem o isolamento dos condutores.

 

Fatores Biológicos

Roedores e insetos podem comer os materiais orgânicos de que são constituídos os isolamentos elétricos, comprometendo a isolação dos condutores. Outra forma de degradação das características do isolamento elétrico é a presença de fungos, que se desenvolvem na presença da umidade.

 

Altas Tensões

Altas tensões podem dar origem à arcos elétricos ou efeitos corona, os quais criam orifícios na isolação, reduzindo, assim, a resistência elétrica do isolamento.

Pressão

O vácuo pode causar o desprendimento de materiais voláteis dos isolantes orgânicos, causando vazios internos e consequente variação nas suas dimensões, perda de peso e consequentemente, redução de sua resistividade.

A deterioração dos isolantes dos condutores elétricos podem causar situações de risco ainda maiores do que os condutores nus, pois a percepção do trabalhador por conta do possível isolamento o faz ter menos cuidado no trabalho com o circuito energizado, e consequentemente diminui a atenção causando assim o acidente. Além do choque elétrico arcos elétricos causados por curtos-circuitos podem oferecer um grande risco ao profissional ao manusear os condutores com falha de isolação, por exemplo.

 

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Marlon Pascoal

Marlon Pascoal

Instrutor de Normas Regulamentadoras
Engenheiro Eletricista/Segurança do Trabalho
Crea: 172.438/D MG

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