O trabalho realizado em uma instalação elétrica apresenta diversos riscos para a vida dos trabalhadores, mesmo quando a rede de distribuição está desligada.
Isso devido à complexidade dos sistemas e à possibilidade de uma energização acidental, por exemplo, por uma descarga atmosférica ou por algum erro de um dos profissionais envolvidos. Por isso, existe alguns métodos para driblar esse perigo, como é o caso do aterramento temporário.
Assista o vídeo sobre aterramento temporário
Definição de aterramento temporário
Para que seja possível um maior grau de segurança para os trabalhadores é necessário que sejam colocados em prática vários meios de segurança no ambiente de trabalho. Um dos principais é o aterramento temporário do circuito ou do sistema.
Ou seja, o aterramento é a ligação do equipamento ou de toda a rede condutora de energia com a terra através de cabos condutores, isso é feito para que seja possível a fuga de corrente para a terra.
Dessa maneira, caso existam cargas passando pelo equipamento, em áreas expostas ao contato, elas não são transferidas para o corpo dos trabalhadores, mas sim para a terra.
O aterramento deve ser feito antes e depois do ponto de intervenção do circuito e derivações se houver, salvo quando a intervenção ocorrer no final do trecho. Ou seja, o ponto de trabalho deve ficar isolado.
Além disso, o aterramento temporário deve, necessariamente, ter a capacidade de conduzir a máxima potência do sistema.
A energização acidental pode ser causada por:
- Erros na manobra;
- Fechamento de chave seccionadora;
- Contato acidental com outros circuitos energizados, situados ao longo do circuito;
- Tensões induzidas por linhas adjacentes ou que cruzam a rede
- Fontes de alimentação de terceiros (geradores, Nobreaks, UPS);
- Linhas de distribuição para operações de manutenção e instalação de transformador;
- Torres e cabos de transmissão nas operações de construção de linhas de transmissão;
- Linhas de transmissão nas operações de substituição de torres ou manutenção de componentes da linha;
- Descargas atmosféricas.
Tipos de aterramento temporário
Para cada classe ou tipo de tensão existe um tipo de aterramento temporário.
O mais usado em trabalhos de manutenção ou instalação nas linhas de distribuição é um conjunto ou ‘Kit’ padrão composto pelos seguintes elementos:
- vara ou bastão de manobra em material isolante, com cabeçotes de manobra;
- grampos condutores – para conexão do conjunto de aterramento com os condutores e a terra;
- trapézio de suspensão – para elevação do conjunto de grampos à linha e conexão dos cabos de interligação das fases, de material leve e bom condutor, de maneira a permitir a perfeita conexão elétrica e mecânica dos cabos de interligação das fases e descida para terra;
- grampos – para conexão aos condutores e ao ponto de terra;
- cabos de aterramento de cobre, extra flexível e isolado;
- trado ou haste de aterramento – para ligação do conjunto de aterramento com o solo, deve ser dimensionado para propiciar baixa resistência de terra e boa área de contato com o solo.
Conclusão
Portanto, podemos dizer que nas subestações, por ocasião da manutenção dos componentes, se conecta os componentes do aterramento temporário à malha de aterramento fixa já existente.
Desse modo, todo o aparato de aterramento temporário deve ser removido ao final dos serviços e antes da liberação para energização do circuito.
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Veja também: Aterramento
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